E o palhaço o que é?
Cinebiografia de Arlindo Barreto, um dos intérpretes do palhaço Bozo no programa matinal homônimo exibido pelo SBT durante a década de 1980. Barreto alcançou a fama graças ao personagem, apesar de jamais ser reconhecido pelas pessoas por sempre estar fantasiado. Esta frustração o levou a se envolver com drogas, chegando a utilizar cocaína e crack nos bastidores do programa.
Pode parecer meio absurdo para a geração atual, mas nos anos 80 e 90 as crianças eram hipnotizadas por atrações matutinas, a maioria apresentadoras loiras, mas um certo palhaço nos prendia diante da TV. É possível ainda lembrar da musiquinha. Ídolos de infância são eternos.
Por isso o choque ao descobrir que o homem por trás do Bozo {o verdadeiro nome não pôde ser usado em Bingo – o Rei das Manhãs por direitos autorais} tinha uma vida tão longe da fantasia que apresentava.
Em seu primeiro longa Daniel Rezende conseguiu uma façanha: seu filme foi escolhido, entre 23 para representar o Brasil na corrida para o Oscar 2018. Grande parte desse sucesso se deve a Vladimir Brichta. Perfeito, impecável, exato em cada cena. E exato no exagero do homem-personagem. Na entrega absurda. Curiosamente Bingo foi oferecido inicialmente a Wagner Moura, que comprometido com a série Narcos, indicou o amigo. Como grita o personagem: “Eu sou o Bingo!”. Vladimir pode gritar isso, com orgulho.
Se você viveu naquela época, é uma sessão saudosista. Se não, use a maior ferramenta da atualidade: o Google. De qualquer e todas as formas: assista Bingo – o Rei das Manhãs.
Em cartaz nos cinemas.
Beijos e beijos,
MAYTÊ PIRAGIBE