VENCEDORES CANNES 2013

PALMA DE OURO: “LA VIE D’ADELE”, DE ABDELLATIF KECHICHE.

Veja abaixo a lista de vencedores:

  • Palma de Ouro: A Vida de Adele (Abdellatif Kechiche, diretor; Adele Exarchopoulos – França)
  • Grand Prix: Inside Llewyn Davis (Joel e Ethan Coen, EUA)
  • Melhor diretor: Amat Escalante, Heli (México)
  • Prêmio do Juri: Like Father, Like Son (Japão)
  • Melhor Ator: Bruce Dern, Nebraska (EUA)
  • Melhor Atriz: Berenice Bejo, The Past (França/Itália)
  • Melhor roteiro: Jia Zhangke, A Touch of Sin (China)

 

No final de Maio/2013, rolou o prestigiado – e desejado por qualquer cineasta/atriz – Festival de Cannes na sua esplendorosa 66a. edição, com 180 filmes competindo nessa amostra. E agora, com todos festejando os méritos e prêmios pelas obras-primas, deixam a gente com água na boca para assistir! E como não poderíamos ficar de fora, mergulhamos nos universos dos longas vencedores e já fizemos nossa listinha para quando chegar no circuito brasileiro. Esse ano o júri foi presidido pelo respeitado cineasta Steven Spilberg, então é melhor a gente ficar de olhos bem atentos porquê vem coisa boa por aí!

O ganhador do prêmio mais esperado do evento – a Palma de Ouro – foi “La vie d’Adele” (“A Vida de Adele”), do diretor franco-tunisiano Abdellatif Kechiche que retrata uma relação psicológica e amorosa entre um casal de lésbicas. “Nós nos sentimos privilegiados de assistir a esse filme, e não incomodados (…) É a história de um amor profundo, magnífico. O diretor usou uma narrativa ousada. Ficamos encantados com o filme, com as atrizes formidáveis. O diretor permitiu que as personagens realmente ganhassem vida”; declarou Steven Spielberg

Essa Palma de ouro veio em um momento super pertinente em que Fraternidade – Igualdade – Liberdade parecem uma defesa ainda presente contra movimentos homofóbicos tão violentos e sem qualquer fundamento.A não ser o preconceito latente, nessa era moderna que parece que tem dificuldades em progredir quando defendemos o respeito ao próximo. Em contraponto à esse prêmio, houve no mesmo dia um evento em Paris organizado por opositores ao casamento Gay, acredita? “Não é a política que nos influenciou, mas o filme”, frisou ainda Spielberg.

Palmas para a ARTE mais uma vez, que embeleza e poetisa a nossa vida com o poder único de tocar os corações e elevar a alma.

Com emoções sinceras transbordando pelo palco, as duas atrizes e o diretor agradeceram pela Palma de Ouro, recebida pelo filme favorito no festival de Cannes; uma coprodução de Espanha, França e Alemanha. “Eu gostaria de dedicar (o prêmio) à bela juventude que conheci, gente que me ensinou muito sobre o espírito de liberdade e também à outra juventude, por algo que aconteceu não faz muito tempo, a revolução tunisiana, por sua aspiração de viver com liberdade, se expressar livremente e amar com plena liberdade”, disse Kechiche.

GRAND PRIX: “INSIDE LLEWYN DAVIS”, DOS IRMÃOS COEN

Inside Llewyn Davis – Diretor Coen Brothers

Inside Llewyn Davis (Grand Prix. este é o oitavo filme que os irmãos Joel e Ethan Coen colocam em competição e a sexta premiação que ganham, com este que é o considerado o segundo prêmio do Festival. o filme conta a história de um cantor folk de Nova York nos anos 1960 – Oscar Isaac. no estilo de “E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?”, retrata um momento rico da cultura popular americana e já larga como um dos favoritos para o próximo Oscar)

MELHOR ATOR: BRUCE DERN, DE “NEBRASKA”.

Nebraska – Bruce Dern, Diretor Alexander Payne

Nebraska (Melhor Ator para o veterano Bruce Dern. o filme de Alexander Payne o credencia novamente ao próximo Oscar, ao contar a história da viagem de um velho pai com seu filho de Montana a Nebraska para receber um suposto prêmio de um milhão de dólares que ele teria ganho, numa dessas estratégias de marketing tão comuns quanto mentirosas. No caminho, o pai encontra vários amigos e familiares para quem ele deve dinheiro e pretende pagar com o prêmio que acredita mesmo ter ganho.)

MELHOR ATRIZ: BÉRÉNICE BEJO, DE ‘LE PASSÉ”.

The Past (Le passé) – Bérénice Bejo, Diretor Asghar Farhadi

Le Passé / O Passado (Melhor Atriz para Bérénice Bejo. Primeiro filme dirigido pelo iraniano Asghar Farhadi na França, conta um drama familiar com várias reviravoltas e uma intrincada teia de relacionamentos. um iraniano separa-se da mulher francesa e dos filhos em Paris, para morar no Irã. depois de quatro anos ele volta para assinar o divórcio e a encontra com sua nova família, num confronto emocionalmente difícil.)

MELHOR DIRETOR: “HELI”, DE AMAT ESCALANTE.

HELI – Diretor Amat Escalante

Heli (Melhor Diretor. para o jovem diretor catalão Amat Escalante. Único representante latino-americano no Festival – representou o México. O filme foi uma surpresa nas premiações por ter recebido críticas pesadas quando da sua exibição, por retratar com exotismo e extrema violência a situação chocante de pobreza e de envolvimento com as drogas de um jovem operário mexicano e sua família.)
PRÊMIO DO JÚRI: “LIKE FATHER, LIKE SON”, DE HIROKAZU KORE-EDA.
Soshite Chichi ni Naru / Tal Pai, Tal Filho (Prêmio do Juri e Prêmio do Júri Ecumênico. dirigido pelo japonês Hirokazu Kore-eda, autor de “Depois da Vida”, “Andando”, “O que eu Mais Desejo”, entre outros. Conta a história de um empresário workaholic que descobre que seu filho foi trocado na maternidade e tem que decidir se desfaz a troca. Segundo a crítica, Kore-eda consegue evitar o melodrama com um tom de comédia – doce e amarga, num filme tocante.)
MELHOR ROTEIRO: JIA ZHANGKE, DE “A TOUCH OF SIN”.

A Touch of Sin (Tian Zhu Ding) – Diretor Zhangke Jia

Tian Zhu Ding / Um Toque de Pecado (Melhor Roteiro. com roteiro e direção do chinês Zhangke Jia, o filme teve muitos problemas com a censura em seu país para ser liberado para o Festival. conta quatro histórias supostamente reais da China contemporânea, estilizadas como contos wuxia, dos heróis de artes marciais. Foi bem recebido pela crítica, como “uma rara e envolvente dissecção da China atual”)
CÂMERA DE OURO (PARA DIRETORES ESTREANTES): “ILO ILO”, DE ANTHONY CHEN.

ILO ILO 爸媽不在家 – Diretor Anthony Chen

Ilo Ilo (Caméra d’Or para melhor filme de um diretor estreante, Anthony Chen. exibido na Quinzaine des Réalisateurs, o filme de Cingapura conta a história da amizade entre uma empregada filipina e um garoto de 10 anos de idade, o que provoca o ciúme da mãe do menino, num cenário de recessão que atinge o sudeste asiático nos anos 1990)

 

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Curtiu os premiados? Quais filmes que entraram para a sua lista para assistir quando estreiar aqui no Brasil?

Beijokas,

Postado por:

Maytê Piragibe