PARA O ATOR – MICHAEL CHEKHOV XXV

Crédito: Picasso

CAPÍTULO 10 – COMO ABORDAR O PAPEL

O próprio Stanislavski quando falou das dificuldades em encontrar os superobjetivos para as personagens, admitiu ser necessário um longo e laborioso trabalho; porque disse ele, tem que se cometer muitos erros e rejeitar muitos superobjetivos falsos antes de se lograr descobrir o certo.

Stanislavski acrescentou que, com bastante freqüência, só depois de muitas representações, quando a reação do público se torna evidente, é que o verdadeiro superobjetivo pode ser percebido e fixado. (…) Sabe-se que cada personagem mais ou menos significativo trava um combate ao longo de toda a peça, está em conflito com alguém ou alguma coisa. Ela vence ou perde a sua batalha. (…) Suponha-se que ponderemos as seguintes perguntas: Que acontece à personagem, que é que ela faz ou pretende fazer depois que obteve a sua vitória? Que faria ela se vencesse a luta, que deveria fazer? … A resposta a essas e outras perguntas perguntas semelhantes (projetando-se freqüentemente para além da própria peça) pode indicar mais precisamente para que esteve a personagem combatendo ao longo de toda a peça ou qual era o seu superobjetivo. (…)

 

Assim, com sua mente meditativa, você pode penetrar no coração dos telespectadores. Examina o riso e as lágrimas, a indignação e a satisfação deles, se os ideais deles foram abalados ou confirmados – de fato, tudo o que levam para a casa com eles após a performance. Essas serão as respostas do público às suas questões; elas lhe dirão melhor do que qualquer especulação erudita porque o autor escreveu sua peça e o que inspirou o trabalho dele. Em suma, qual é o superobjetivo da peça toda. (…)

 

 RESUMO DO LIVRO “PARA O ATOR” DE MICHAEL CHEKHOV

Postado por:

Maytê Piragibe