Me considero uma eterna estudante das artes dramáticas e adoro compartilhar dicas de livros e métodos que instigam o meu trabalho como atriz. Li o livro “Parar de Atuar” de Harold Guskin e quero dividir com você, os melhores momentos do livro, no meu ponto de vista. Harold é coach de atuação de grande prestígio em Nova York, com mais de trinta anos de carreira no preparo de atores. Intérpretes importantes da cena norte-americana, como Kevin Kline, Gleen Close, Rachel Weisz, James Gandolfini, Matt Dillon, Jennifer Connelly e Bridget Fonda, trabalharam com ele e incorporaram os seus ensinamentos.
Vamos conhecer um pouco mais desse método?
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PRÓLOGO:
Quando finalmente comecei a estudar interpretação, percebi que aprendi mais nos livros que li que em qualquer uma das minhas aulas. Comecei, como qualquer pessoa dos anos 60 começaria, com Stanislávski. Depois vieram As primeiras seis lições, de Richard Boleslávski, Para o Ator, de Michael Tchékhov, Jogos Teatrais, de Viola Spolin, Teatro: a verdadeira Descoberta do estilo, de Michael Saint-Denis e os livros de Peter Brook, Antonin Artaud e Jerzy Grotowski. (…) Quando comecei a atuar profissionalmente, logo depois de iniciar meus estudos, fazia meu trabalho de ator do jeito que Stanislávski ensinava. Analisava o texto a partir da motivação mais básica da personagem – o que ele chamava de superobjetivo – e também pelos “objetivos”, motivações e ações que geram conflito na cena. Escrevia páginas e páginas com a história da minha personagem. Procurava em minhas próprias experiências pessoais algo que pudesse usar nas cenas, por meio da técnica de Stanislávski chamada “memória emotiva. Dia e noite, ficava obcecado pela personagem. (…) Eu era muito correto, muito lógico. Meus personagens não tinham a maravilhosa capacidade de mudança que a vida tem. (…) Assumi o risco de simplesmente proferir minha fala e responder às falas das outras personagens, sem me preocupar nada além do que eu sentia, do que me interessava naquele momento. Explorei o texto no ensaio e continuei a explorar nas apresentações. Deixei de lado a técnica e análise. Minha exploração, momento a momento, tornou-se a personagem.
Isso permitiu que eu me sentisse livre, conduzindo-me a uma personagem muito mais interessante, permitiu igualmente uma solução mais criativa para o problema de uma determinada cena – justamente , porque era forçado a recorrer apenas a mim e ao texto. Não houve análise de cena para me obrigar ou proteger e, portanto minha intuição veio à tona com energia e vigor. A personagem ganhou vida, porque eu já estava dentro dela. (…) Quanto mais sangue deixamos no processo de dissecar nossas psiques, melhor o desempenho, certo? Talvez não. Essa tranquilidade não só nos liberta como atores, ela liberta os espectadores também, bastando a eles olhar e ouvir e esquecer que estão prestando atenção na atuação. Eles são poupados de toda tensão. (…) Em vez de lutar com o texto, tentando manter as modulações a qualquer custo, ou duvidando de mim mesmo, ignorando o impulso que queria me levar, respirava, expirava e simplesmente esperava a próxima fala me levar a uma viagem para um novo lugar. Os outros atores vinham elogiar minhas transições, mas tudo que eu estava realmente fazendo era responder cada fala, a cada momento. (…) E por que o ator não sabe se o sentimento é certo até que ele o expresse, ele deve mostrá-lo antes que tenha a chance de escolher. Ele deve deixar isso para sua intuição. (…) Uma vez que o ator sente a obrigação de cumprir e justificar a escolha, ele não é livre para ir a qualquer outro lugar, Ele já não pode explorar. Ele se torna consciente do que vai fazer e como vai fazê-lo. Como resultado, sua intuição é desligada. Isso porque, para todos nós, qualquer coisa intuitiva pode ser perigosa. Nós não podemos controlar. Portanto, a mente, reagindo ao perigo, muitas vezes rejeita a intuição e opta pelo seguro, pela alternativa pensada. Mas isso tira o ator da beira do abismo. E não importa o quão talentoso ele é, vai trair sua escolha para o público, para a câmera e para si mesmo. A surpresa e a vida terão desaparecido do palco ou filme. (…) Minha abordagem é a de desistir da idéia de atuar aquilo que penso e simplesmente reagir ao texto. (…) Se o ator confia nisso, ele será transformado em personagem por meio do texto. Para mim, atuar é uma exploração em constante evolução, em vez de uma progressão em direção à um sentido final.”
RESUMO DO LIVRO PARAR DE ATUAR DE HAROL GUSKIN
Gostaram? Beijos