Esse post de estudo, está em processo de digestão faz duas semanas… Vou explicar direitinho, para você entender. Estava com alguns filmes na lista de estudo para a minha nova personagem Renata, da nova novela da Record – Vitória. Como alguns conflitos serão bem fortes, esse filme (O impossível) serve como boa referência e inspiração para esse novo projeto. Confesso que essa parte do laboratório, é uma das mais gratificantes para mim porque tudo é fonte de pesquisa para a construção de algo novo e misterioso. Uma história a ser construída, com outro universo completamente diferente para entender. E não só assimilar, decorar e reproduzir. Mas tornar essas relações verdadeiras, com propriedade e força para que o público realmente embarque na história.

Esse longa não foi uma obra fácil de absorver… Quando fui assistir no cinema, saí no meio do filme para você ter uma idéia! Passei mau até dizer chega… Para quem não viu, é a história real de uma família que sofreu a passagem do terrível Tsunami, que aconteceu na Tailândia em 2004. E quando o assunto é família toca forte em mim. Bate direto no coração e no estômago quando a barra é pesada, como foi nesse caso… Fecho os olhos, choro e sofro porque não tem jeito. Minha matéria-prima é o sentimento… E como foi difícil ter que rever esse filme até o fim. Não quero te contar o final mas saiba que se você é super ligado à família e dá tanto valor como eu, vai ficar abalado. Ponto para o Diretor espanhol JUAN BAYONA que ganhou muitos prêmios pelo mérito desse projeto lindo:

Capri Awards de Melhor Diretor
Capri Awards de Melhor Diretor Europeu
Gaudí Awards de Melhor Diretor
Gaudí Awards de Melhor Filme Europeu
Prêmio Goya de Melhor Diretor
Indicado – Prêmio Goya de Melhor Filme
Indicado Critics Detroit Film Society de Melhor Diretor
Nomeado – Críticos Detroit Film Society de Melhor Filme
Nomeados – Os críticos Las Vegas Film Society de Melhor Filme

E como não falar da minha Diva master: Naomi Watts (que já tinha babado ovosobre seu talento: AQUI!)!! Que artista… Mais do que linda, é visceral = boa atriz até dizer chega! Para não dizer pra caraio, rs… Leoa e completamente vulnerável, como faz? Verdade pura nessa entrega. E como deve ter sido difícil topar o desafio de estar gravando na água, revivendo esse trauma que faz o público ficar sem ar. Lutando pela vida. Lutando pela família. Uma guerra desleal com a mãe natureza e essa força assustadora das águas, que tudo destrói por onde passa. Mas o amor pela família e pelos filhos, é emocionante. Confesso que escrevo com lágrimas nos olhos, me colocando na situação. Que desepero, que dor. Quanto amor cabe na gente quando o dilema é lutar ou se entregar para sobreviver. Pesa. Angustia. E aí vem, a linda magia… Nos transformar depois de reviver essa dor, junto com esse filme. De mãos dadas com essa família abençoada por Deus. Que lição de vida. É por isso que não consigo viver sem arte, benzaDeus!

Aí entra a minha composição para a Renata, que também vai perder tudo na enchente de Petrópolis e reconstruir sua vida, tudo de novo. Como lida com o emocional, depois de um trauma como esse? Que potência feminina a faz crescer para lutar e reerguer todos os sonhos novamente? Toda sua estrutura e independência, junto com seu marido que foram acolhidos pela mãe e pai, está fragilizado por não poder ter seu próprio lar. Mas daí vem a união, o amor incondicional da família. As mãos dadas nesse novo desafio mas que vai ser ainda mais fragilizado por outra dificuldade que vou contar mais na frente… Difícil, né? Mas é disso que gosto. De sair sempre da zona de conforto e me surpreender a cada novo trabalho. Isso é vida, minha gente! Arte na veia!!

Até já!