Na última semana vivi um dos dias mais especiais da minha carreira. Foi na quarta-feira, 25 de setembro.

Em José do Egito, minha personagem Azenate se dividia entre a alegria de ver o esposo finalmente em paz com os irmãos, e a tristeza pelo banimento do pai da sociedade egípcia. Logo depois, silêncio onde eu estava. Começava a nova novela da Record, Pecado Mortal.

O projeto era totalmente ousado: um dos mais consagrados autores da TV brasileira, Carlos Lombardi estreava sua primeira novela na Record. Na emissora, ele reencontrou o diretor Alexandre Avancini (com quem fez trabalhos muito aplaudidos no passado), e voltava a escrever para alguns de seus atores preferidos, como Betty Lago, Juliana Didone, Mario Gomes, Carla Cabral, e Claudio Heinrich.

E lá estava eu, na festa que acontecia no shopping Village Mall, cercada por colegas, imprensa, e sabendo que o Brasil estava de olho na TV, perguntando-se: o que Lombardi vai apresentar na Record? A resposta começou comigo. E essa foi, sem dúvida, uma das maiores responsabilidades da minha vida de artista. Por algumas cenas fui Donana, a grande vilã da história, logo assumida pela incrível Jussara Freire.

Mas pra contar ao telespetador o início daquela história, foi preciso mostrar Donana jovem, no auge de sua fúria e maldade. Foi minha primeira vilã. Esse desafio, para uma atriz, é de uma dimensão imensurável. Contei com a parceria em cena de colegas queridos e generosos, como Marcela Barrozo, Gustavo Leão, Ana Miranda, e Gracindo Júnior. Me fortaleci com figurino e maquiagem incríveis, objetos de cena impecáveis, e o apoio de Alexandre Avancini, meu diretor e amigo.

Mais uma vez a Record me proporcionou uma experiência única; e mesmo sem jamais ter trabalhado comigo, Carlos Lombardi me permitiu um papel tão importante nesse seu novo momento profissional. Foi uma aposta alta para todos nós. A passagem de tempo aconteceu, e um elenco de primeira segue contando as histórias de Pecado Mortal.

Pra mim, no entanto, Donana continua: no apoio integral de meu marido Marlos (o melhor de todos os companheiros) e da minha família, nas mensagens dos amigos queridos, nas tão elogiosas críticas da imprensa, e principalmente, Donana é minha por ter marcado o meu público. E é a vocês que dedico mais essa vitória.

Donana mostrou ao público uma nova face da minha arte, me fez vilã, exigiu tudo de mim. Mas sou uma artista sem medo de mergulhar em projetos que me fazem pulsar. Fui com tudo! Estou feliz. Confesso que foi uma das estréias mais intensas que já vivi!

Continuem assistindo essa novela linda que é Pecado Mortal; e muito, muito obrigada pela parceria. Com carinho e minha emoção,