Quando uma novela acaba é estranhíssimo…
Uma mistura de cansaço acumulado ao mesmo tempo, um apego.
Pelos conflitos, pela história representada.
Mas de repente, uma vida se desfaz…
Uma morte acontece. A cortina fecha sem tempo de despedidas.
Quando uma coxia é boa, não importa o drama.
Se a generosidade persiste e o olho no olho é presente…
A lágrima ou o riso, o climax gerado…
O apocalípse ou êxtase só fazem sentido se a bola não cair.
E em Vitória fomos abençoados. Essa bola nunca caiu.
Ser atriz é ter muita coragem. Disse muita.
Pois vivemos e morremos, sofremos e gozamos incontáveis vezes.
Ser atriz é um ato revolucionário.
Pois numa era digital que os olhos não dizem tanto qto as teclas que nos separam.
Representar a arte com verdade, com sangue nos olhos e tudo à flor da pele.
Isso é ter o coração muito aberto. As mãos estendidas para trocar.
É ter sensibilidade para ouvir e assim dizer. Jogar.
Sejamos generosos.
E mais uma vez,
Sejamos corajosos.
Sem medo de finalizar projetos.
Com mais garra ainda para mergulhar num próximo.
Coragem para viver em vida e aprender com a história representada.
Vitória para todos nós!