Os dias podem ser difíceis, a paisagem árida, mas existe a arte. Existe a música. E no sertão destaca-se a Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos.
Uma tradicional orquestra de baile sertaneja, a SuperOara, anima festas de debutantes de vestidos vaporosos e cores vibrantes. Enquanto isso, esse mesmo sertão, território mítico do imaginário brasileiro, é transformado em sua paisagem por grandes obras, ao ritmo de máquinas e operários. Em tom fabular, este documentário faz um recorte de um sertão contemporâneo, onde alguns privilegiados celebram e outros menos afortunados, animais incluídos, dançam, cantam, mas não são convidados para a festa.
Sérgio Oliveira dirige este documentário embalado de poesia: a dos sons da Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos, e a de imagens. Dos animais usados para transporte, parados pelas cidades. Dos sertanejos atuais, trabalhadores vivendo em paisagens secas. Cactos. A alegria de famílias com festas de debutantes. O trabalho diário. Elvis Presley como inspiração para a orquestra de 55 anos.
O sertão nordestino de hoje é um tanto diferente daquele de Lampião e Padre Cícero, do que será mostrado em O MATADOR – primeiro filme produzido no Brasil pela Netflix, dirigido por Marcelo Galvão e estrelado, entre outros, por MAYTÊ PIRAGIBE -, mas ainda é de um povo sofrido, que espera a noite para ter um pouco de alegria. E dançar..
Com o mínimo de estrutura, a arte assume a sua função mais bela: entreter com doses de alegria vidas secas por suas rotinas.
Tudo sobre o Festival do Rio aqui, no site da MAYTÊ PIRAGIBE.
Beijos,
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